sábado, 5 de março de 2011

0 Confira um trecho da entrevista de Rob para a Vanity fair

fonte traduzida: ROBsessed Brasil

Confira a entrevista do Rob para a Revista Vaniti fair:
Mesmo em um set de filmagem em uma remota cidade no Tennessee, ele foi seguido diariamente por hordas de Twihards. Nancy Jo Sales conversou com o astro de 24 anos que vive no dilema da gratidão e do desespero perante a fama que o engoliu.


Robert Pattinson não gosta mais de andar de avião, porque andar de avião significa aeroportos e aeroportos significam lugares nos quais ele irá encontrar pessoas que ficam totalmente moles quando o vêem, gritam, choram, tentam tocá-lo e pedem que ele as morda. Tímido, mesmo sendo um ator, Pattinson – que irá completar 25 anos no próximo mês de Maio – acha que a histeria que se instalou ao seu redor desde a primeira vez que ele apareceu como o vampiro galã Edward Cullen da série de filmesCrepúsculo em 2008 um “pouco estranha.”
“Essa coisa de que todo mundo te conhece,” diz o ator em Baton Rouge, onde esta para as filmagens do quarto e quinto filme da série, Amanhecer Parte I e II, “é estranho, por que as pessoas tem esse relacionamento de mão única com você no qual eles olham para uma foto sua e acham que te conhecem mais do que qualquer outra pessoa que realmente te conhece.” E Pattinson continua, “E nem eu me conheço tão bem assim.”
E devido a isso – dada a sua aversão a transportes aéreos e com o sentimento de que poderia usar esse tempo para conhecer a si próprio – Pattinson decidiu que em novembro do ano passado, quando iria se encontrar com o elenco da saga Crepúsculo para as filmagens, ele iria dirigindo. “Foi maravilhoso,” diz ele sobre a viagem, que foi feita com mais dois amigos de Londres. “Eu fiquei usando o guia de estradas o tempo inteiro. Ficava navegando pelo iPhone.”Esta aventura Kerouacianaos levou de Arizona ao Novo México onde eles chegaram a uma pequena cidade Nativo Americana chamada Zuni. “Lá nem parecia a América,” diz um nostálgico Pattinson. “Eu e meus amigos éramos os únicos brancos por lá!”
Eles pararam em um bar em Lubbock, no Texas, onde pela primeira vez em muito tempo, Pattinson pode se sentar e tomar uma cerveja sem ser incomodado por paparazzi ou fãs.“Ninguem me reconheceu ou algo do gênero,” ele disse. “E eu ficava pensando, ‘Ah isso é muito legal, ficar sentado aqui comendo asinha de galinha e coisas assim.’” Ele estava procurando por um lugar onde ele pudesse ser ele mesmo e ele achava que tinha encontrado.
Mas foi nesse momento que algo aconteceu. O rumor se espalhou. “Eles sempre descobrem, de alguma forma,” ele diz resignado. De repente haviam centenas de pessoas na rua e a polícia teve que ser chamada para conter a multidão. Foi quando alguém do bar perguntou a ele, “Você quer que a gente vá até lá e bata em alguém?” e Pattinson disse, “Eu fiquei tipo ‘Do que você esta falando? Você não precisa bater em ninguém.’” Foi quando ele e seus amigos ficaram presos no mesmo bar que a poucos minutos era o oásis do anonimato. A polícia teve de escolta-los de volta ao hotel.
Alguns meses depois já em Baton Rouge Pattinson diz que ele não sente vontade de sair, já que ele não sabe quando uma simples viagem pode iniciar um outro tumulto como esse. “E eu acabo ficando assim,” diz ele, colocando a cabeça na mesa, escondendo-a de baixo do braço. Ele levanta a cabeça de novo e – oh… wow. Ele não pode escapar da sua beleza tanto quanto ele tenta escapar da atenção das fãs. Seu rosto tem uma beleza que normalmente se vê nos rostos infantis, com uma pele perfeita, lábios vermelhos e grandes olhos. É difícil dizer de outra fora: ele é lindo.
Mas os superlativos provavelmente serão o tipo de coisa que o deixará com medo e suando muito mais do que ele já esta neste momento através de sua camisa azul clara de botões. Ele parece nervoso; ele diz que está nervoso. Essa coisa de entrevista não é a área dele. “Eu sou tão chato,” ele diz, correndo a sua mão repetidamente pelo seu curto cabelo castanho até chegar ao final. “Eu não tenho nada.” Fumando um American Spirits como uma verdadeira chaminé, bebendo café, agua e chá gelado Snapple, mordiscando pretzels cobertos de chocolate que foram deixados para ele em uma vasilha pelo seu assistente.
Do lado de fora podemos ouvir alguns latidos de cachorros. “Espero que eles não estejam matando o coitado do Martin,” diz Pattinson, enquanto se levanta e vai em direção a janela. Martin é um cachorro de rua, o explorado e oprimido cachorrinho da matilha pertencente aos assistentes de Pattinson e de sua companheira em Crepúsculo, Kristen Stewart. Os assistentes dividem essa confortável casa alugada em Baton Rouge. Eles até acenderam a lareira e algumas velas aromáticas para deixar Pattinson mais confortável durante a entrevista.
“Eu não sei o que há de errado comigo,” diz Pattinson enquanto volta para a mesa. Desde que ele voltou ao set de filmagens de Crepúsculo, ele diz que – bem, não está se sentindo normal.“Meu cérebro não funciona mais. Eu nem tenho mais memória alguma. Eu não consigo escrever. Tudo que seu consigo fazer é assinar o meu nome. Eu tentei escrever a uns dias atrás – mais parecia que eu estava escrevendo em Braile.” Pedi a ele que escrevesse algo no meu caderno; ele faz, e esta ilegível. “Viu?” diz ele. “Parece que foram aranhas que escreveram isso.
Existe uma certa piada na descrição sem vida do seu estado mental, mas ele também esta falando sério sobre isso. Ao que parece viver dentro da bolha da imensa fama esta começando a pegar em seu pé. “Eu meio que parei de fazer tudo,” diz ele. “Eu nunca mudo o canal de TV do meu trailer. Eu fico assistindo as reprises de House of Payne e Two and a Half Man. Eu amoCops – acho que é o meu programa de TV favorito.”
“Deus,” diz ele aos risos, “Eu estou soando como um perdedor.”

Kristen é muito focada em ser uma atriz,” diz Pattinson sobre Stewart. “Eu quero dizer, é isso que ela é – ela é uma atriz. Quanto a mim – eu, eu realmente não sei.
Dentre muitas destas coisas, não importa onde Pattinson vá, ele sempre é questionado sobre a natureza de seu relacionamento com Stewart, 21 anos. Segundo os maiores rumores eles tem vivido um tórrido romance, algo que eles sempre se recusaram a confirmar . Já outros rumores alegam que tudo isso é apenas publicidade para os filmes da saga Crepúsculo.
“Você esta me perguntando se eu sou um vampiro de verdade?” diz Pattinson aos risos quando eu me junto ao coro barulhento e pergunto se o relacionamento das telas chegou a vida real. Enquanto espero por uma resposta, Pattinson começa, literalmente a se contorcer. “Sim. Er. Não, não de verdade.” Diz ele. “É bem difícil de… é muito traumático,”

Eu quero dizer, vocês dois são muito intensos um com o outro?” Pergunto.
“Oh, eu não sei,” diz ele finalmente. “Ela é legal. Mesmo antes de conhece-la eu achava que ela era uma boa atriz. Tipo, eu assisti Na Natureza Selvagem e achei que ela estava muito boa lá. Eu ainda acho que tem algumas atrizes da mesma época que ela eu são tão boas quanto. É engraçado que seja ela que esta fazendo esse negócio todo.” Ou seja, Crepúsculo!
Quando tudo isso acabar“a mídia irá perder o interesse no alegado caso romântico deles. Ele espera. “Não vai ter mais nada pra falar. Não vai mais servir pra virar manchete. Não será mais um modelo.”


Um personagem tão icônico quanto Edward Cullen provou ser tão letal quanto a mordida de um vampiro na carreira de um jovem ator, não importando a imortalidade do filme, a fama e fortuna que isso possa trazer. (Neste ano, Pattinson foi o número 15 na lista dos Top 40 de Hollywoodpela revista Vanity Fair, que citou a ele um ganho de $ 27,5 milhões somente em 2010).
“Existe uma recompensa enorme,” afirma Pattinson, mas “ser colocado em uma especifica classificação neste momento é muito estranho. Interpretar um personagem o qual as pessoas possam reconhecer diariamente é a coisa que provavelmente mais gera dinheiro – mas também é aquilo que a maioria dos atores no mundo não gostariam de fazer. Pois ninguém iria acreditar em mim se eu quisesse interpretar algo ultra realístico, como um ganster ou algo assim.”
Pergunto a ele se ele gostaria de interpretar algo totalmente diferente – como Shakespeare. “Se eu fizesse isso seria assassinado,” diz ele com uma risada pesarosa. “Todo mundo ficaria tipo, ‘Que merda é essa?’”

“Eu sempre dizia para os meus agentes e pra todo mundo que tipo, será 10 anos” até que as pessoas esqueçam de Crepúsculo, diz ele. “E é totalmente entendível. Normalmente as pessoas trabalham e trabalham até conseguirem sair daquilo. Você continua tentando fazer o melhor com as suas decisões. É como eu tento pensar em como eu pensava antes de todos os filmes da saga Crepúsculo.”

Àgua para Elefantes, que estreará nos cinemas em Abril é baseado no bestseller de Sara Gruen sobre um circo viajante durante a Grande Depressão. Pattinson interpretá Jacob Jankowski, um estudante de veterinária que perde seus pais em um acidente de carro e se une a uma trupe de circo, transformando-se no responsável pelos animais exóticos, incluindo uma problemática elefanta.
“Eu não ficaria surpreso se o Rob dissesse que a razão pela qual ele aceitou o papel foi por causa da elefanta,” diz o diretor Francis Lawrence.“Ele realmente se apaixonou pela elefanta

“Ela foi a melhor atriz com quem eu já trabalhei em toda a minha vida,” diz Pattinson sobre Tai, a elefanta que vive na Califórnia, onde uma boa parte do longa foi filmado. “Eu chorei quando ela terminou,”ou filmou a sua última cena, diz Pattinson. “Eu nunca chorei quando alguém terminava o seu trabalho.”


“Eu sou, tipo, um comedor compulsivo,” diz ele, com um ar de revelação. “Eu vou ficar tão gordo quando envelhecer, é tão ridículo.” Mas chega a ser difícil de acreditar devido a suas medidas tão estreitas. Ele conta uma história de ter quase devorado um pacote de um kilo de M&Ms Pretzel inteiro enquanto lia um livro de ensaios de David Foster Wallace. “Eu tive um surto e literalmente joguei tudo pela privada,” diz ele. Ele não é o Keith Richards.
O que ele realmente aparenta ser é um astro relutante, implorando por um pouco de normalidade e muito inclinado a se educar. “Ele provavelmente leu uns 20 livros durante as filmagens,” diz Lawrence. “Ele estava sempre lá com o seu Kindle entre os takes.”


Mas Pattinson esta muito mais envolvido em algo de ambições muito mais elevadas. Ele diz que esta escrevendo um roteiro baseado em um livro de Lillian Hellman. Antes que seu trabalho começasse a deixa-lo mais preso, ele “ia ao cinema todos os dias.” Ele diz que “aprendi muito com Godard,” – diretor new wave francês, e fala sobre a lista de obscuros filmes japoneses que ele reverencia.
“Merda,” diz ele em um determinado momento. “Estou parecendo um bostinha esnobe.”
Ele nunca foi a faculdade. Cresceu em Barnes, subúrbio de Londres, onde sua mãe Clare trabalhava em uma agência de modelos e seu pai Richard vendia carros antigos. (Ele tem duas irmãs, Lizzy que é música e Victoria, uma executiva da área de publicidade). “Ele tem uma família muito boa,” diz Whiterspoon, “pessoas que o amam e o apoiam, e ele também os ama e os apoia da mesma forma, a todos eles. Tudo isso ajuda muito no futuro dele.”


Sabendo que ele faz parte do grupo dos jovens pensadores, é sempre mais interessante imaginar o que se passa dentro da mente de Pattinson no meio do circo da fama. “É estranho,” diz ele tentando dar algum sentido a tudo isso. “Você tem que ficar se perguntando, ‘O que eles querem?’” diz ele sobre os fãs de Crepúsculo.
Eles o seguem nos sets de filmagens ao redor do mundo, muitas vezes largando seus empregos e famílias para seguirem no trem de Crepúsculo. Quando ele mexeu na tonalidade do cabelo para vermelho em Janeiro deste ano, estes fãs também pintaram seus cabelos em solidariedade. “Uma garota na Austrália de 17 anos hackeou o meu email enquanto eu estava online,” diz Pattinson. “E então uma menina de 15 anos na Inglaterra fez o mesmo.” Ele pediu a intervenção dos seus advogados.
“Eu tenho medo de comprar uma casa ou algo assim,” diz ele, “por que se descobrirem e tiver um paparazzi por lá um dia eles nunca mais irão sair de lá.” Ele basicamente vive em hotéis, que segundo ele são “a melhor forma de lidar com tudo isso é ficar se mudando o tempo inteiro.

Ele também dá os devidos créditos do sucesso a equipe de marketing da Summit Entertainment. No ano passado a campanha Tem Edward/Team Jacob foi apresentada como uma espécie deEscolha de Sofia aos fãs da série, perguntando a eles quem eles apoiariam pela mão de Bella, personagem de Kristen Stewart – Pattinson ou Taylor Lautner, que interpreta o lobisomem Jacob.
“Eu nunca tinha me tocado no quanto as pessoas respondem ao negócio do Team Edward/Team Jacob,” diz Pattinson. “Todo mundo ficava” – fazendo uma voz de executivo de publicidade –“’Então, você é Team Edward ou Team Jacob?’e eu respondia ‘Do que você esta falando?’ e eles falavam ‘Represente o seu Team!’ e eu respondia ‘Mas eu não tenho um Team…’”


Ele diz que a experiência de se tornar um produto – tendo o seu rosto estampado em carteiras, malas, jogos de tabuleiro e é claro em bonecos – é algo “estranho.” “Com Crepúsculo,” diz ele,“você tem que agradar a franquia” – palavra esta que o pessoal na Summit repete com uma certa reverência. “Tipo, quando estávamos fazendo as fotos de pôster para Àgua para Elefantes,diz ele, “as sessões duravam 10 minutose quando se tratava de Crepúsculo eram quase dois dias, em todas as posições. E nós falávamos, ‘Por que nós estamos fazendo isso por tanto tempo?’ e eles diziam” – voz de executivo – “Oh! São para os brinquedos e para os chapéus do Burger King.’ Não que eu tenha um problema com isso – é difícil que os filmes façam dinheiro…”
“Que seja!” diz Pattinson desenhando com um cigarro. “Não há nada que você possa fazer sobre isso. É assim que as coisas são. Mas o mais estranho disso é fazer parte da representação de algo que você particularmente não gosta…”
“Deus,” diz ele, “eu acho que dei uma cabeçada aqui.”
Ele realmente espera que a transição em um novo Rob Pattinson – um ator mais sério – seja feita com papéis mais sofisticados. Ele foi recentemente escalado para o próximo filme de David Cronenberg, Cosmópolis, uma adaptação do livro de Don DeLillo. “Era com coisas assim que eu estava preocupado,” diz ele, “que as pessoas não iriam me levar a sério o suficiente para que eu conseguisse filmes como este, e eu acabei de conseguir um.”

Com uma mega fama ao que parece um pouco de alienação também esta presente. “É engraçado agora,” diz Pattinson, “tipo, tentar me socializar com as pessoas. Existe um certo cuidado sobre as pessoas que eu realmente acho estranhas.”
“Ou então eu estarei andando pela rua,”diz ele, “e as pessoas gritam “Vai se Ferrar!” Ele ri. “E eu tenho muitas pessoas esperando para me espancar. Uns caras nos bares e coisas assim. E eu só saio de lá” diz ele.
“Mas você não esta autorizado a reclamar de nada assim,” diz ele. “Você deve estar sempre agradecido. E obviamente – eu entendo isso. Você é sortudo e deveria apreciar a sua sorte. Mas, quero dizer, se você somente ter um vislumbre do lado ruim de tudo isso as pessoas vão virar e dizer – Mentiroso! Eu acho que é por que as pessoas querem viver isso tudo como se fosse um sonho.”

Os latidos do lado de fora aumentam e podemos ouvir alguns ganidos também. Pattinson dá um pulo em direção a porta e a abre dizendo “Não aguento mais.”
Martin, venha pra dentro!,” ele grita, é quando um magro e molhado cachorro de pelos negros instantaneamente entre na casa, abanando seu rabo energeticamente e extremamente agradecido, pingando àgua por todos os lados.
Pattinson fecha aporta antes que os outros cachorros tentem entrar na casa. “Apenas olhe para eles querendo um pedacinho dele,” diz ele. Algumas caixas estão na janela, pela qual eles olham fixamente, com um olhar furioso – como se cachorros tivessem esse olhar.
Martin pula no sofá e fecha os olhos, exausto.
Pattinson acaricia a cabeça do cachorro. “Isso mesmo garoto, pode dormir,” ele diz.

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